Quero compartilhar com vocês a experiência de nossa Romaria à pé para Três Pontas - MG, realizada em 2012. Confira o texto que redigi na época para o Jornal Planeta Legionis, quem sabe um dia, vocês decidem viver esta experiência...
Todos
os anos milhares de romeiros do Sul de Minas vão a pé para Três Pontas durante
a noite de 22 para 23 de setembro, dia do aniversário de morte de Pe. Victor. Para vivermos uma experiência diferente, decidimos encarar este
desafio. Cada membro da equipe fez um propósito espiritual, algo que fosse capaz de
nos manter firmes e focados nos mais de 30 km de caminhada. Às 21h45 saímos da Igreja
do Mártir rumo ao desconhecido e as surpresas que esta noite memorável nos
reservava.
Passado o trecho urbano, fomos envolvidos pelo silêncio e escuridão
da rodovia. Que só era quebrado por um ou outro grupo de romeiros festeiros ou
por carros que passavam com farol alto e buzinando, obrigando-nos a ficar
sempre no acostamento. A noite estava linda. Contemplamos o luar e a imensidão
das estrelas. As árvores produziam sombras disformes no asfalto e os pés de
café pareciam não ter fim.
Após a meia noite as conversas se tornaram mais
espaçadas, cedendo espaço a reflexões e os tropeços mais frequentes, mesmo com
o uso de lanternas. A primeira e única parada que fizemos [em frente a um bar]
durou menos de dez minutos, tempo suficiente para lancharmos o que trouxemos em
nossas mochilas. De volta à marcha, reparamos como é estranho caminharmos ao
lado de tanta gente sem identificá-las.Enxergávamos apenas vultos, mas pelas vozes e assuntos
das conversas deduzíamos que pertenciam a idades e realidades sociais variadas.
Todos unidos em um só ideal.
Da metade para o final, o trajeto tornou-se mais
pesado, com várias subidas. Fomos surpreendidos por uma forte ventania que
assolou a rodovia por vários minutos. A temperatura caiu. Nuvens escuras
começaram a se formar no céu. Receosos, mas impossibilitados de correr devido
ao cansaço, continuamos sem nos abalar. Convictos de que tudo daria certo.
Afinal, teríamos que enfrentar o que fosse quando viesse.
Por volta de 03h30
chegamos ilesos ao Trevo de Três Pontas, a chuva não caiu. A beleza da cidade
iluminada nos arrebatou. Conseguimos! No entanto, somos unânimes ao afirmar que
a caminhada do trevo até a igreja foi a parte mais cansativa da viagem. Porém,
nos esquecemos de tudo isso ao nos deparamos com a imponente Matriz Nossa
Senhora D’Ajuda para a Missa das 5h. Emoção não faltou neste momento. Missão
cumprida e plenamente realizada...
P. S: Em outra ocasião, pudemos conhecer o Memorial Pe. Victor [próximo à Matriz]. É bem interessante, vale uma visita. O mesmo se aplica a outros pontos da cidade como o Carmelo [com freiras enclausuradas que nos receberam muito bem para uma conversa], Fazenda Pedra Negra [destaque ao interessante Museu do Café] e a própria Igreja D'Ajuda, que possui arquitetura riquíssima [uma vez tivemos a oportunidade de conhecermos o topo da torre e apreciarmos a panorâmica da cidade]. Recomendo uma visita à Três Pontas, mas não após uma noite de caminhada, o que é praticamente impossível (risos).
P. S: Em outra ocasião, pudemos conhecer o Memorial Pe. Victor [próximo à Matriz]. É bem interessante, vale uma visita. O mesmo se aplica a outros pontos da cidade como o Carmelo [com freiras enclausuradas que nos receberam muito bem para uma conversa], Fazenda Pedra Negra [destaque ao interessante Museu do Café] e a própria Igreja D'Ajuda, que possui arquitetura riquíssima [uma vez tivemos a oportunidade de conhecermos o topo da torre e apreciarmos a panorâmica da cidade]. Recomendo uma visita à Três Pontas, mas não após uma noite de caminhada, o que é praticamente impossível (risos).
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