Esses dias me surpreendi pensando
no pontificado do Papa Francisco...Realmente oxigenou a nossa Igreja, trouxe um
fôlego novo aos fiéis e está deixando profundas marcas de humildade e amor ao
próximo... Ao mesmo tempo, me lembro do gesto nobre de seu antecessor. Ao
renunciar, Bento XVI abriu caminho para toda a revolução que está
acontecendo...Na época, redigi um texto para o Jornal Planeta Legionis contando
um pouco da minha percepção sobre este pontífice [a foto que ilustra o texto
foi tirada na Jornada de Madrid]...confira!
Os quase oito anos de pontificado de
Bento XVI coincidem com a ascensão dos nossos trabalhos com a juventude, tanto
paroquial quanto diocesana. Se João Paulo II foi o papa de nossa infância,
Joseph Ratzinger foi o sumo pontífice que marcou profundamente a nossa
juventude.
Como me esquecer do primeiro papa que vi de perto? Duas vezes por
sinal! Ainda guardo com carinho o ticket de entrada [tão suado de conseguir]
para o Encontro com a Juventude Brasileira em maio de 2007 [na noite do meu
aniversário] em São
Paulo. E a revistinha que conta a trajetória de Bento XVI em
mangá [espécie de quadrinhos japoneses] que ganhamos durante a Jornada Mundial
da Juventude 2011 em Madrid.
No entanto, muito mais do que essas lembranças materiais, tenho certeza que o aprendizado obtido nessas experiências vai ecoar para sempre em nossas mentes e corações. Já que a humildade, os bons ensinamentos e o amor incondicional a Cristo foram as principais marcas deixadas pelo agora Papa Emérito Bento XVI.
Ao fechar os olhos, me vem à memória
o que vivemos nesses dois mega eventos. Como não me lembrar das 40 mil vozes
gritando: “Bento, Bento”, no estádio lotado do Pacaembu ou do inesquecível
silêncio proposto por Sua Santidade aos dois milhões de jovens reunidos no
Aeródromo de Cuatro Vientos? Grandes momentos de euforia e espiritualidade.
Recebi
com surpresa a notícia da renúncia. É claro que queria vê-lo pela terceira vez
na JMJ do Rio de Janeiro. Mas depois de algum tempo compreendi o seu ato de
grandeza e coragem. Afinal, ele não precisava disso, pois o ministério petrino
é vitalício. Mas com esta atitude, Bento XVI quis mostrar ao mundo que a Igreja
precisa de um fôlego novo para os desafios de nossa era.
Sempre o taxaram de
conservador, mas Ratzinger foi o mais revolucionário nos últimos 600 anos. Abrindo
caminho para as mudanças tão almejadas. Multidões acompanharam suas despedidas
no Vaticano. Saiu aclamado pelo povo e com um capítulo especial registrado na
história da Igreja. Obrigado Bento XVI, “humilde trabalhador da vinha do
senhor” [palavras do dia em que foi eleito papa] por ter contribuído
verdadeiramente com a nossa formação espiritual. Seu vasto legado intelectual
com certeza ajudará novas gerações a encontrarem Jesus.
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