Como me esquecer da pessoa que me deu o primeiro incentivo?
Que acreditou no meu potencial quando eu apenas um garoto sonhador? Pe. Moacir
não só celebrou o meu Batizado, a minha Primeira Eucaristia e ouviu a minha
primeira confissão, mas também, foi quem generosamente primeiro regou a semente,
para que um dia eu me tornasse um jornalista.
No ano 2000, apresentei-lhe a
proposta para um informativo interno da Legião de Maria Jovem e ele sinalizou
prontamente ao meu pedido: 30 cópias xerografadas. Nasceu assim, de forma
modesta, o Jornal Planeta Legionis, ponto de partida para todas as outras
conquistas que vieram na sequência. “Acho o trabalho legionário ótimo,
maravilhoso. A respeito do jornal, é uma iniciativa muito boa e vocês devem
levar em frente. Pois serve para influenciar outros jovens a participarem da
Legião de Maria.”. Com estas palavras, Pe. Moacir [ele sempre me dizia que
preferia ser chamado de padre, ao invés de Monsenhor] concluiu o “Papo Cabeça”
da primeira edição do Planeta Legionis, em outubro do ano 2000.
O tempo passou,
o sonho foi crescendo, buscamos patrocinadores e parceiros, chegamos à marca de
1000 exemplares e até edições coloridas tivemos. Na esteira do aprendizado e do
amadurecimento, vieram o Pope Jovem, as grandes peças teatrais, as viagens pela
Diocese da Campanha e as participações na Jornada Mundial da Juventude.
Mesmo com todas estas conquistas e
maravilhosas experiências, somente uma coisa não mudou: meu sentimento de
gratidão ao querido e saudoso Pe. Moacir. Tenho plena certeza que, se ele não
tivesse dado o primeiro incentivo, não teria aprendido desde cedo a usar as minhas
habilidades à serviço da evangelização. E consequentemente, os milhares de
jovens alcançados pelo trabalho do nosso grupo não teriam tido a oportunidade
de vivenciar a fé da forma que nós vivenciamos. É dessa forma que gosto de me
recordar do Pe. Moacir: um grande incentivador.
É claro que afloram outras
lembranças em minha mente agora: as quermesses do Mártir de antigamente, as
grandes Semanas Santas [destaque às procissões da Ressurreição, seguidas de
missas campais], a visita dos Missionários Redentoristas [eu participava das
Missõezinhas, em 1995], as coroações de N. Sra com aquele altar “gigante”
montado no presbitério, o escritório na sala da casa paroquial com a saudosa Dona Hermínia no atendimento, o dia que ele pagou para a minha turma de catequese
assistir ao filme “Central do Brasil” no Cine Rio Branco [a última vez que fui
lá, em 1998], o lendário dia que nos convidou para tomar um café na casa
paroquial e claro, seu Fusquinha Verde, praticamente um Mito....
Enfim, sua passagem marcou a vida de nossa Paróquia do Mártir São
Sebastião para sempre. Ficam no coração as melhores lembranças, jamais te
esqueceremos, Pe. Moacir Matias Marques (1933
- 2013).
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