Confesso que me surpreendi com o Paraguai. Este pequeno país da América do Sul tão próximo ao Brasil e pouco visitado turisticamente pelos brasileiros. Um povo humilde, hospitaleiro e trabalhador. Fiquei uma semana [03 a 08 de maio de 2016] em Encarnación e tive a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura e hábitos desta gente. E foi a trabalho que tive esta chance, já que fui escalado pelo Grupo Unis para fazer a cobertura jornalística do II Congresso Internacional ACINNET.
A viagem foi tranquila. De São Paulo voamos para Foz do Iguaçu, atravessamos a fronteira pela famosa Ponte da Amizade, sobre as águas do Rio Paraná, chegando à Cuidad del Este. Não foi possível pararmos para fazermos compras, no entanto, percebemos o ritmo intenso do comércio local. De lá, viajamos pouco mais de 300 km de ônibus até Encarnación.
Gostei muito da cidade. Ao longo destes dias, o intercâmbio cultural e o contato com um novo idioma mereceram destaque, ainda mais participando de um evento universitário com tantas pessoas diferentes. Porém, quero destacar neste texto dois ótimos passeios que fizemos em terras paraguaias: As Ruínas Jesuíticas de Trinidad e a Playa de San José.
Declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1993, a Missão Jesuítica de Trinidad foi fundada no ano de 1706 e chegou a ter uma população de mais de três mil índios guaranis. Estas missões localizavam-se em locais remotos e tinham como objetivo preservar a cultura guarani. Os indígenas eram convidados a integrar a comunidade e em troca recebiam segurança, educação e melhores condições de subsistência.
Localizadas na cidade de Santísima Trinidad del Paraná [45 km de Encarnación], a visita ao intitulado “tesouro paraguaio”, sem sombra de dúvidas, foi o melhor passeio que fizemos. Antes de entrarmos no local, fomos convidados a assistirmos um vídeo que nos contextualizava historicamente. Em seguida, uma guia nos acompanhou mostrando as ruínas da praça, torres de controle, cemitério, habitações de padres, de indígenas e uma grande igreja. Simplesmente fantástico! Apreciamos cada detalhe arquitetônico.
O tempo todo fiquei imaginando aquele espaço na época em que era habitado, enquanto a guia contava sobre as lutas com os bandeirantes e mostrava várias imagens de santos decapitadas, pois acreditava-se que havia ouro escondido dentro. No local onde ficava a sacristia, estão expostas as cabeças das esculturas destes santos.
Foi pouco mais de uma hora de passeio onde pudemos tirar muitas fotos e respirarmos cultura e arte de inspiração barroca. Realmente não imaginava que naquele país havia um sítio arqueológico tão preservado. Valeu muito a pena, recomendo! É um roteiro pouco conhecido, mas que merece mais divulgação.
Do outro lado do rio, avista-se a cidade argentina de Posadas. É uma excelente opção de entretenimento, principalmente aos finais da tarde onde pode-se curtir o pôr do sol.
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Parabéns também por vencer suas limitações aéreas!