Ir a uma pré-estreia a meia noite, como fazíamos nos velhos
tempos, a cada filme do Harry Potter, não tem preço. Observar a logo da Warner
Bros, com aquela trilha sonora tão familiar, nos primeiros segundos de exibição
do longa já foram suficientes para gerar uma forte nostalgia, que só os
verdadeiros fãs vão me compreender.
Confesso que Animais Fantásticos e Onde
Habitam me surpreendeu! Foi muito mais do que eu esperava, aliás, eu nem
esperava nada após o final de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Achava que
o ciclo mágico de J. K. Rowling havia se encerrado, como ela própria fez
questão de afirmar diversas vezes. Mas tenho que admitir que estava completamente
enganado. O universo é extenso e há muito a ser explorado.
A estreia da
escritora como roteirista de cinema não poderia ser melhor. Faço parte da
geração que devorou os livros a cada lançamento, que já leu cada um pelo menos
10 vezes, e sempre acompanhou com fervor cada adaptação para o cinema. E desta
vez a autora fez o caminho inverso [esta foi a grande sacada na minha opinião], quando todos acharam que seria impossível
fazer cinco filmes a partir de um pequeno livro com informações técnicas sobre
criaturas mágicas, Rowling nos surpreende criando um enredo especial para
o cinema, contando a Guerra Bruxa que antecedeu os acontecimentos de Harry
Potter. Genial!
Enxergo os animais como sendo pano de fundo para muita coisa boa
que vem por ai, acredito que este foi um filme introdutório e que a saga vai
crescer exponencialmente. Os efeitos especiais estão bárbaros em 3D e as
criaturas são extremamente carismáticas. Os fãs mais atentos perceberão o toque
de J.K. em praticamente tudo: seja na criatividade, na boa dose de humor ou até mesmo na complexidade e/ou leveza
dos personagens, sua especialidade.
Outro ponto alto é a
ambientação nos Estados Unidos, pois notamos uma nova percepção do mundo da
magia, com leis e departamentos próprios, diferente dos de Londres que estávamos
acostumados. Dizem que o próximo será na França, fico aqui só imaginando, já pensou cada filme
em um continente diferente? Seria incrível.
Aprovei a escolha do protagonista Newt
Scamander [Eddie Redmayne], creio que a ideia do papel seja justamente essa, um
bruxo pacato, mas talentoso chegando a um país desconhecido. Diverti muito com
o não-maj (trouxa ou não-mágico) Jacob [Dan Fogler] e ainda acho cedo para
julgar a atuação de Jhonny Deep no papel de Grindelwald visto que ele só faz
uma ponta, vamos aguardar os próximos. Enfim, recomendo o filme,
assista e compartilhe conosco as suas percepções.
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