Confesso que sai deslumbrado do cinema! E olha que é muito difícil eu gostar de filmes de animação. Estou surpreso com a sutileza e a sensibilidade dos estúdios Pixar\Disney ao produzir um filme dito “infantil”, mas que está arrebatando plateias de todas as idades ao redor do mundo.
O
aperitivo já tem início com a exibição do curta “Piper”, que antecede o filme, e
nos dá uma verdadeira lição de vida, inspirador! Quando a sequência de Nemo
começa, em poucos minutos nos envolvemos por inteiro com o enredo. Impossível
não se contagiar com a vivacidade da Dory bebê e com a estrutura desse roteiro
bem amarrado e cheio de reviravoltas.
Tudo é dosado e colocado na medida certa.
Piadas inteligentes, lições ambientais, de valores e de amizade, a diversidade da
vida marinha, além da leveza ao tratar de assuntos sérios como os vários tipos
de deficiências e diferenças. Harmônico e bem encaixado.
Gostei de tudo, da trilha sonora ao famoso “baleiês”,
passando pelas boas adaptações ao contexto brasileiro da versão dublada e principalmente, as formas criativas que a protagonista vai se recordando do passado. O filme emociona em
vários momentos e cativa pela simplicidade. É um excelente programa para as
férias, não deixe de ver, vale o ingresso...
Enfim, as duas frases: “Oi, eu sou
a Dory e sofro perda de memória recente” e “Continue a nadar, continue a nadar...”,
fazem ainda mais sentido nessa versão, pra mim levemente superior à original.
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